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Cirurgia para o fígado com câncer e seu papel no combate à doença

O câncer de fígado (câncer hepático) é uma das formas mais mortais da doença, com a taxas crescentes de mortalidade. Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer (Instituto Nacional de Câncer, 20/08/2021), em 2019 ocorreram 10.902 mortes, sendo 6.315 homens e 4.584 mulheres no Brasil.


O câncer no fígado pode ser primário, quando surge no fígado, ou secundário, quando surge em outro órgão e atinja o fígado através do processo de metástase.



Cirurgia de fígado via vídeolaparoscopia
Cirurgia para o fígado com câncer e seu papel no combate à doença

Dentre os tipos de tumor maligno primários, o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular, é o tumor primário mais comum, ocorrendo em mais de 80% dos casos. É um tumor de característica agressiva. Há também o colangiocarcinoma, que se origina nos dutos biliares do fígado, o angiossarcoma e o hepatoblastoma, um tumor raro, que atinge recém-nascidos e crianças. O câncer de fígado primário é mais raro e de difícil detecção, uma vez que não causa sintomas nas fases iniciais.


Já ou secundário, na forma de metástase hepática (quando o câncer surge em outra parte do corpo e se dissemina, atingindo o fígado), normalmente é descoberto durante a investigação da extensão da doença no corpo do paciente.


Em função da fisiologia do fígado, é comum a que o fígado receba células cancerígenas de outras partes do corpo, como mama, intestino, estômago ou pulmão, por exemplo, o que explica, em parte, o motivo do câncer de fígado secundário ser mais comum que o primário.


O tratamento do câncer de fígado


O tipo de tratamento depende do estadiamento da doença. Existem vários sistemas de estadiamento que levam em consideração vários fatores relacionados ao tumor, ao funcionamento do fígado e ao estado clínico do paciente. De acordo com o estadiamento, estratégias de tratamento são definidas, que podem envolver, inclusive, procedimentos cirúrgicos.


As Cirurgias para Câncer de Fígado


Em termos gerais, a cirurgia para o câncer de fígado é uma cirurgia que busca eliminar todo tecido do fígado afetado pelo câncer. A cirurgia pode buscar remover parte do fígado afetado ou consiste no transplante de fígado de um doador viável. O doador para o transplante de fígado pode doar parte do fígado, uma vez que o fígado grande capacidade de regeneração, o que caracteriza a doação em vida.


A retirada parcial do fígado chamada de hepatectomia ou ressecção hepática consiste na remoção de segmentos do órgão e é classificada em menor, quando são retirados menos de três segmentos, ou maior, quando retirado 3 ou mais segmentos.


De acordo com as características do câncer, o cirurgião oncológico pode optar por uma cirurgia aberta ou por via laparoscópica, que usa pequenas incisões e microcâmera, bem menos invasiva e esta decisão do cirurgião impacta diretamente o tempo de recuperação e o sucesso da cirurgia. O cirurgião oncológico também é capaz de avaliar o estado de saúde geral do paciente para que a cirurgia atinja seus objetivos, determinando o risco cirúrgico.


Fatores como o grau da cirrose hepática e as próprias características do tumor (ou tumores) precisam ser levados em consideração, uma vez que a insuficiência hepática pode ser um fator impeditivo.


Durante o procedimento o paciente recebe anestesia geral e precisa ficar internado por alguns dias, ou até semanas, dependendo do grau de comprometimento do fígado, uma vez que é necessário monitorar sangramentos e a função hepática.


O transplante de fígado é a opção escolhida na maioria dos casos para pacientes que possuem hepatocarcinoma e cirrose hepática e demanda procedimentos operatórios específicos.


O pós-operatório da cirurgia de fígado


Além da importância do paciente ficar na UTI para monitoramento, após a estabilização do quadro e retorno ao quarto, é iniciada uma dieta via oral. Em pouco tempo o fígado começa a se regenerar, atingindo seu tamanho normal em cerca de 6 a 8 semanas.


Taxa de sobrevida de pacientes com câncer de fígado


Segundo a American Cancer Society, Para pacientes com a doença em estágio inicial, que não tem cirrose ou outros problemas de saúde e que fizeram remoção do tumor a taxa de sobrevida está entre 60% a 70%, o que evidência a importância do tratamento precoce da cirurgia.


A cirurgia pode curar câncer de fígado?


Esta é, sem sombra de dúvidas, a principal pergunta dos pacientes e da sua família. A resposta a esta pergunta depende de inúmeros fatores como o tipo do câncer (se primário ou secundário) o estádio do tumor, a condição geral de saúde do paciente, o sucesso do procedimento cirúrgico, entre outros fatores. Os avanços da medicina e dos procedimentos cirúrgicos vêm, a cada ano, contribuindo para resultados mais animadores em relação aos prognósticos. Mas um fator essencial deve ser sempre considerado, quanto mais rápido a intervenção, melhores são as chances, por isso, é imperativo a procura por um cirurgião oncológico especializado em cirurgias de fígado. A experiência, como em tudo na vida, é um fator importante no sucesso e na plena recuperação do paciente e nas chances de atingir a cura.

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